Como médico dos EUA usou robô para realizar cirurgia a 11 mil km de distância

Procedimento foi conduzido da Flórida em um paciente com câncer de próstata que estava em Angola, na África

(Foto: Divulgação/Sociedade Americana de Cirurgia Robótica)

EUA – Um médico da Flórida, nos Estados Unidos, realizou uma cirurgia remota em um paciente que estava em Angola, na África, a 11 mil quilômetros de distância. As informações foram divulgadas pela rede norte-americana ABC News.

O procedimento de prostatectomia robótica foi realizado na última segunda-feira (16) e faz parte de um ensaio clínico aprovado pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos), a agência regulatória dos EUA.

“Operamos dos Estados Unidos na África em um ensaio clínico aprovado pela FDA. Realizamos uma prostatectomia robótica em um homem em Angola que, de outra forma, não teria acesso a cuidados cirúrgicos de ponta”, disse Vipul Patel, médico que conduziu a operação, ao canal de notícias África News.

Procedimento inovador
Fernando da Silva, morador de Angola, foi diagnosticado com câncer de próstata em março deste ano. Três meses depois, ele se tornou o primeiro paciente de um ensaio clínico humano inovador para testar a telecirurgia robótica transcontinental.

Patel, que já realizou dezenas de milhares de procedimentos semelhantes, operou o paciente utilizando cabos de fibra óptica para controlar o robô. A cirurgia utilizou um sofisticado sistema robótico que permite maior precisão, menor invasividade e recuperação mais rápida.
“Estamos trabalhando nisso há dois anos, viajando pelo mundo, buscando as tecnologias certas”, disse Patel à ABC News.

O sistema robótico usado na cirurgia está conectado a diversos locais, como São Paulo, Kuwait, Marrocos, Xangai e a própria Angola, o que possibilita a expansão do atendimento médico global a partir de um único centro.
“Nunca foi feita dessa forma, a essa distância. Nunca dos Estados Unidos para a África e nunca aprovada por uma agência como a FDA”, disse Patel sobre o pioneirismo do procedimento.

A cirurgia bem-sucedida pode transformar a assistência médica global, segundo Patel, e oferecer opções cirúrgicas avançadas a regiões carentes. “As implicações humanitárias são enormes. Internacionalmente, há muitas áreas carentes no mundo”, disse.
Para garantir a segurança, Patel manteve uma equipe cirúrgica local em Angola, pronta para intervir em caso de falhas nas telecomunicações. “Garantimos que tínhamos os planos A, B, C e D. Sempre mantenho minha equipe onde o paciente está”, explicou.

Os dados da cirurgia serão enviados à FDA para análise, com o objetivo de viabilizar mais telecirurgias no futuro, segundo a ABC News.

Fonte: R7 / portald24@diarioam.com.br

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