Além das ofensas ao presidente, ele também responde a outro processo por comparar advogada a uma cadela durante júri em Manaus.

O promotor de Justiça do Amazonas, Walber Luís Silva do Nascimento, continuará sob investigação disciplinar pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por mais seis meses. O conselheiro Antônio Edílio Magalhães Teixeira, relator do caso, solicitou a prorrogação do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura declarações ofensivas feitas por Walber contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de tribunais superiores durante sessão do Tribunal do Júri realizada em Manaus.
O PAD foi aberto em dezembro de 2023, após uma reclamação disciplinar apontar que Walber proferiu declarações ofensivas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de tribunais superiores, durante uma sessão do Tribunal do Júri em Manaus, no dia 19 de junho de 2023.
De acordo com a denúncia, o promotor teria dito: “Por que que o Brasil é o país que mais lincha? E a resposta é óbvia senhores: não tem um único ladrão de verdade preso, porque o líder da quadrilha dos ladrões hoje está na presidência.”
As falas ganharam repercussão à época e foram consideradas por membros do CNMP como possíveis violações aos deveres funcionais do Ministério Público, entre eles, a imparcialidade e o decoro. A prorrogação do prazo para a conclusão da apuração ainda precisa ser avaliada e aprovada pelo plenário do Conselho.
O relator Antônio Teixeira justificou que a prorrogação é necessária para garantir o pleno andamento do processo e a produção adequada das provas. “Submeto ao Plenário deste Conselho a prorrogação do Processo Administrativo Disciplinar por 180 (cento e oitenta) dias, a contar de 10 de junho de 2025”, diz trecho do despacho.
Fonte: AmPost