
Enquanto fazia buscas por Vitória Regina de Souza, a polícia encontrou no dia 1º/3, um sábado, o corpo de uma mulher de 63 anos em uma cachoeira entre as cidades de Cajamar e Jundiaí, no interior de São Paulo. De acordo com laudos da perícia, Edna Oliveira Silva morreu 72 horas antes do dia em que foi encontrada, o que corresponde ao dia 26/2, mesmo dia em que Vitória desapareceu.
De acordo com o secretário da Segurança Pública de Cajamar, Leandro Arantes, Edna era cuidadora da mãe do padrasto de Maicol Antônio Sales, vizinho de Vitória que foi preso no último sábado (8/3). Essa é a única relação entre o corpo encontrado e o caso de Vitória até o momento.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil investiga a morte da mulher. Segundo a pasta, a cachoeira onde o corpo foi encontrado é localizada na Avenida Luiz Gobbo, em Jundiaí. A perícia e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados.
O caso foi registrado como morte suspeita inicialmente na Delegacia de Cajamar, mas foi encaminhado ao 6° Distrito Policial de Jundiaí, responsável pela área, “que prossegue com as diligências visando o devido esclarecimento dos fatos”, diz a SSP.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, disse, nessa segunda-feira (10/3), que a polícia encontrou manchas de sangue no porta-malas do carro de Maicol. O material genético colhido na perícia será submetido a exames técnicos para comprovar que se trata de material genético da menina.
“O Corola de Maicol tinha sangue no porta-malas. Tudo leva a crer que possa ser da vítima. Foi encaminhado para um laboratório de DNA. É um processo demorado. É necessário fazer um refinamento. O sangue acaba se misturando com algumas propriedades que estão no local. Entre 30 e 40 dias o laudo estará pronto”, disse Carmo.
Segundo ele, há provas de que Maicol estava próximo ao local do crime no momento em que Vitória Regina foi raptada. Houve, ainda, uma inconsistência em seu depoimento. Para a polícia, ele disse que dormiu com a esposa naquele dia; a mulher, no entanto, afirmou ter dormido na casa da mãe.
“Contra o Maicol há provas testemunhais que não deixam dúvida de que ele estava próximo. Além disso, ficou comprovada a mentira dele. Vizinhos à residência dele também comentaram que houve uma movimentação anormal naquela noite, com gritos. Vários vizinhos deram esse depoimento”, reforçou.
Fonte: Metropoles