Terreiro de Umbanda sofre ataque de intolerância religiosa em Parintins-AM

O Terreiro Mãe Margarida do Pai Júnior de Oxóssi, localizado na Rua 08, no bairro Paulo Corrêa, foi alvo de um grave ato de intolerância religiosa na noite dessa segunda feira (17), durante uma celebração, um material explosivo foi lançado no recinto por uma vizinha incomodada com o som dos tambores e das músicas tocadas no ritual. O artefato quase atingiu os participantes, incluindo crianças que estavam presentes, mas, felizmente, ninguém ficou ferido.

De acordo com integrantes do Terreiro, essa não foi a primeira vez que a vizinha cometeu atos de hostilidade contra a casa religiosa. Já houve registros de agressões anteriores, como pedras atiradas contra as janelas de vidro, ameaças com arma branca e até o arremesso de água fervente durante as cerimônias.

A legislação permite que instituições religiosas realizem seus cultos até às 22h. “Respeitamos rigorosamente esse horário, porém sempre sofremos esses ataques”, afirma Amanda Soares, umbandista e integrante do Terreiro.

O zelador da casa, Pai Júnior de Oxóssi, denuncia que a intolerância é seletiva.

“A vizinha afirma que o som dos tambores e das nossas cantigas a incomoda e impede sua família de descansar. No entanto, não se manifesta contra o barulho das igrejas evangélicas próximas, que frequentemente estendem suas celebrações até tarde da noite com música alta e gritos. Por que apenas o nosso culto é alvo de ataques? Isso tem nome: INTOLERÂNCIA RELIGIOSA!”, desabafa.

Apesar das denúncias feitas às autoridades, nenhuma providência foi tomada até o momento.

“Desde a primeira agressão, buscamos apoio legal, mas nada foi feito. Estamos cansados de sofrer perseguição por praticarmos nossa fé. O medo de represálias e a sensação de impunidade nos desmotivam a continuar denunciando”, lamenta Pai Júnior de Oxóssi.

A coordenadora do movimento, Márcia Gabrielle, comentou:

“É lamentável que situações como essa ainda aconteçam. É fundamental que seja feito o boletim de ocorrência. Quanto às documentações necessárias para a realização dos cultos, ainda neste semestre iremos formalizar tudo”. A coordenadora também orientou que o Pai de Santo procure a delegacia e formalize a denúncia. Gabrielle também busca orientação jurídica para resolver a situação.

Diante da gravidade do caso, o Terreiro Mãe Margarida do Pai Júnior de Oxóssi reforça o apelo para que as autoridades tomem medidas concretas contra esses ataques, garantindo o direito constitucional à liberdade religiosa e protegendo a integridade dos praticantes.

fonte: movimento Afro-parintintin

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